domingo, 10 de outubro de 2010

Notícias do Centenário

A Escola EB23 Gil Vicente tem vindo a celebrar ao longo dos dois últimos anos lectivos, por iniciativa dos grupos disciplinares de História e Geografia de Portugal e de História, o Centenário da Implantação da República.
No passado dia 1 de Outubro de 2010, decorreu uma cerimónia comemorativa, no recinto exterior, protagonizada pelos alunos do sexto ano de escolaridade. Os docentes de HGP e História, em articulação com os docentes de Educação Musical e da Oficina de Expressão Corporal promoveram a “construção ao vivo” da Bandeira Nacional efectuada ao som do Hino Nacional entoado em uníssono e entusiasticamente pelos alunos participantes e por todos os que presenciavam este evento festivo: alunos, professores, funcionários e outros elementos da comunidade educativa.
Ainda nesse dia e com a preciosa colaboração dos docentes de Educação Visual e do Clube das Artes, foi decorada a montra da farmácia Sto. António, em Urgezes, com adereços e materiais ornamentais relacionados com a República Portuguesa. Os trabalhos expostos foram realizados pelos alunos dos cursos diurnos e nocturnos e dispostos em “espaços concelhios” recriados com materiais gentilmente disponibilizados pela “Casa da Marcha Gualteriana” de Guimarães. Esta montra, que esteve patente durante três semanas, serviu, em primeiro lugar, para celebrar os 100 anos da Implantação da República evocando essa efeméride junto da população em geral; em segundo lugar, para dar uma maior projecção e visibilidade aos melhores trabalhos produzidos pelos alunos sobre esse acontecimento; em terceiro lugar, para testemunhar o labor e sentir escolar face a esse evento histórico tão importante e significativo que foi a Implantação da República em Portugal e, em último lugar, para proporcionar à comunidade um maior envolvimento com o Agrupamento de Escolas na comemoração do Centenário da República e na apreciação dos trabalhos realizados pelos seus jovens estudantes.
Infelizmente e apesar de atempadamente solicitado, não obtivemos da Câmara Municipal de Guimarães o apoio necessário para dar sequência a uma iniciativa da Comissão Nacional das Comemorações do Centenário da República, nomeadamente ao projecto “A Árvore do Centenário”. Como pretendíamos expressar o nosso sentir vimaranense, escolhêramos a única árvore que agrega em si uma simbologia histórico­‑política marcadamente concelhia: A Oliveira. A plantação dessa “Oliveira do Centenário”, na rotunda da EB23, no dia 4 de Outubro de 2010, seria o culminar das actividades do Agrupamento relativas a esta efeméride, testemunhando a nossa adesão aos ideais republicanos, junto de toda a comunidade escolar, e ao reconhecimento de que a Natureza e a sua preservação são valores que a República proclama desde o seu início e que pretendemos transmitir aos nossos alunos com vista à sua formação cívica precursora do exercício de uma cidadania autónoma, activa e responsável.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Comemorações do Centenário da República

      Pequeno vídeo com os alunos do 6.º Ano a "construírem" a Bandeira Nacional, ao som do Hino "A Portuguesa", e com a decoração alusiva à República, a Guimarães e ao "Bolo do Centenário" visível na "Montra da Farmácia".

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Praça da Oliveira - Guimarães

       Expressão constituída por frases soltas retiradas de alguns trabalhos produzidos pelos alunos das turmas A e B do 5.º Ano sobre a actividade “À Descoberta da Praça da Oliveira” por eles realizada durante a visita de estudo ao Centro Histórico de Guimarães em 28 de Abril de 2010.

       “A Praça da Oliveira é um lugar muito antigo mas que nos faz lembrar a nossa história, ou seja, a história de Guimarães e Portugal.” - Sara Inês
       “É tão bonita! Tenho orgulho de ser Vimaranense!” - Ana Leitão
       “No passado era conhecida por «Praça de Santa Maria», agora chama-se Praça da Oliveira.” - Luís Carlos
       “Na Praça da Oliveira podemos encontrar: O Padrão do Salado; a capela de S. Nicolau; a Igreja da Oliveira, o casario da Praça… (etc).” - Joana Lopes
       “Nessa Praça as habitações ainda são muito antigas.” - Rosa
       “Estivemos a observar os monumentos da Praça da Oliveira, como por exemplo: A Cruz do Milagre, os Antigos Paços do Concelho, o Guerreiro das duas caras, …!” - Vera Ribeiro
       “Na Praça da Oliveira havia muitos cafés, onde os professores se sentaram vendo-nos a correr de um lado para o outro à descoberta. Adorei tudo e divertimo-nos todos.” - Sara Lopes
       “Não há nada que não seja especial e bonito!” - Vítor Real
       “Eu gostei de tudo!” - Mariana Dias
       “[…] Mas não foi só descobertas, também nos divertimos imenso e aprendemos a trabalhar em equipa. Foi espantoso o que vi e ouvi. Foi uma experiência única. Adorei” - Cláudia
       “Na Praça da Oliveira foi muito divertido, andámos de um lado para o outro à procura de coisas para a folha que o nosso professor nos deu.” Aluno anónimo
       “Na Praça da Oliveira é tudo muito antigo, mas muito bonito: a placa em latim, a igreja e o Padrão do Salado.” - Lara
       “A melhor, coisa para mim, foi quando o papel mandava desenhar uma varanda!” - Sandra Mendes
       “Gostei de ver o Padrão do Salado que foi colocado para comemorar a vitória de uma importante batalha travada contra os mouros.” - Ana Rita
       “O Padrão do Salado foi colocado na Praça para comemorar a Vitória, em 1340, do rei D. Afonso IV na batalha do Salado” - Joana Pacheco
       “As actividades de que mais gostei foram: aquela em que tivemos de descobrir onde estava a outra barriga, a que pedia para desenharmos um arco e a que perguntava quantos sinos tinha a Igreja.” - Lúcia Soares
       “Uma das perguntas, que foi a que mais estranhei, foi esta: «Indica o n.º de toques que era necessário dar quando o incêndio era na freguesia da Oliveira?»: 6 toques” - Francisca Oliveira
       “O que eu gostei menos foi a oliveira que está na praça que acho que é muito pequenina.” - Daniel Santos
       “O que menos gostei não foi nada!” - Diana Freitas

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Visita de Estudo do 5.º Ano (2009-2010) - De Guimarães a Queimadela

       Foi no passado dia 28 de Abril que os alunos do 5.º Ano de Escolaridade da Escola EB23 Gil Vicente, visitaram o Museu de Alberto Sampaio e o Lar de Santa Estefânia, na memorável e cativante cidade de Guimarães, e a Estação de Tratamento de Água da Queimadela, no concelho de Fafe.

       Aproveitando os dois grupos que se formaram para o transporte em autocarro, visitaram, alternadamente, o museu e o lar. Ficaram encantados com o espólio e demais referências a D. João I e à Batalha de Aljubarrota, que puderam desfrutar no Museu de Alberto Sampaio, e foi com grande curiosidade e crescente interesse que acompanharam a visita ao Lar de Santa Estefânia. Aqui comoveram-se com o relato das dificuldades vividas pelos jovens que redescobrem nessa benemérita instituição o lar que já não tinham ou que aí encontram os cuidados, ajuda e afecto necessários para construir o futuro com oportunidades de desenvolvimento pessoal, cultural, social e profissional que lhes eram negadas ou muito dificultadas no ambiente onde nasceram e cresceram.

Lar Santa Estefânia - Um grupo de alunos

       Durante essa manhã todos os alunos tiveram, ainda, a oportunidade de efectuar um Peddy-papper na sala de visitas da cidade: A Praça da Oliveira.
       O guião “À Descoberta da Praça da Oliveira”, disponibilizado pelo Museu Alberto Sampaio, serviu-lhes de orientação e pretexto para se inteirarem das características gerais e dos muitos pormenores “escondidos” nos mimos arquitectónicos das construções circundantes, na artística estatuária que embeleza e enobrece a praça e disponíveis, também, nos imprescindíveis painéis informativos que transportam os visitantes pela história dos monumentos e dos artífices que nos legaram tão precioso espólio. A alegria e o entusiasmo dos alunos, a correr de lado para lado à procura das respostas ou sentados no lugar mais incomum a preencher, apressadamente, o questionário, contagiavam as inúmeras pessoas, turistas curiosos e distraídos habitantes, que calcorreavam os mesmos espaços.

Padrão do Salado - Lendo o Guião

Padrão do Salado - Consultando informações

Igreja da Oliveira - Informações

Preenchendo o Guião

Escadaria da Igreja da Oliveira - O merecido descanso

       Depois do repasto, partilhado no interessante parque da Cidade, os alunos seguiram para a ETA da Queimadela onde participaram numa “lição” inteirando-se das fases e processos que transformam a água da barragem em água própria para o consumo humano. Foi com muito agrado que percorreram as instalações da estação onde apreciaram as voltas e reviravoltas a que a água é submetida antes de poder ser usada, despreocupadamente, pelos habitantes do concelho de Fafe.


ETA da Queimadela - Explicações prévias

ETA da Queimadela - Participar, pedindo a palavra

ETA da Queimadela - Visita às instalações exteriores


ETA da Queimadela - Visita às instalações exteriores


ETA da Queimadela - Visita às instalações exteriores

ETA da Queimadela - Visita às instalações exteriores

ETA da Queimadela - Visita às instalações exteriores

ETA da Queimadela - Espaço Interior


       Agradável momento de convívio foi, também, a viagem de regresso apesar de ter sido antecipada uma hora para que os professores acompanhantes pudessem participar numa reunião agendada, tardiamente, para esse dia.

Viajar com alegria

Até à vista


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Semana da História

Entre os dias 19 e 23 de Abri de 2010, houve grande alvoroço na Escola EB23 Gil Vicente (Urgezes - Guimarães), não só no espaço da Biblioteca Escolar - Centro de Recursos Educativos, mas também nos espaços exteriores, nomeadamente no átrio da Escola. O motivo foi a realização da “Semana da História”, uma iniciativa promovida pelo Grupo de História e Geografia de Portugal e História e articulada com a BE-CRE e a Área de Animação Cultural e Clube de Artes.

“Cinco dias, cinco temas” foi a matriz proposta, com actividades diversas a promover em cada dia segundo a temática escolhida: “D. Afonso Henriques e a Batalha de S. Mamede”, “O Infante D. Henrique e as Descobertas”, “D. João IV e a Restauração da Independência”, “Da Monarquia à República” e “O 25 de Abril - Democracia e Liberdade”. Procurou traçar-se uma panorâmica sobre os períodos mais significativos da história de Portugal desde a mais longínqua à mais actual realçando, como não podia deixar de ser, o Centenário do Nascimento do Fundador, cujas comemorações incidiram em 2009, e o Centenário da Implantação da República, a decorrer este ano.

Deste modo, exposições variadas como fotografias, caricaturas e banda desenhada, no âmbito de um concurso de BD sobre “A República”, livros, documentários e objectos vários marcaram visualmente as efemérides temáticas abordadas, complementadas por dramatizações diversas. A Semana de História foi também marcada pelas actividades sobre o 25 de Abril realizadas na BE-CRE de exploração do poema “Em Abril, Um País” da Dra. Célia Fernandes, docente desta escola, mas, o ponto alto, foi a palestra proferida pelo Eng.º Raul Rocha.

O autor do trabalho em pré-publicação: “Guimarães no século XX” abordou a temática das comemorações da República traçando uma panorâmica curiosa e interessante sobre os primeiros tempos da República em Guimarães, pois, à natural e pacífica da implantação seguiram-se as mais variadas vicissitudes acompanhando as turbulências desses primeiros tempos republicanos. Com efeito, os alunos do nono ano puderam registar acontecimentos significativos vividos em Guimarães, aquando da implantação da República e nos anos subsequentes, que muito os interessaram.

Ficaram a saber que, enquanto que, em Lisboa, no dia 5 de Outubro de 1910, já se festejava esta nova forma de governo, Guimarães permanecia num total desconhecimento deste facto e assim permaneceu toda a semana seguinte. Tais eram as comunicações 100 anos atrás! De facto, só a 12 de Outubro, por carta, o Presidente da Câmara, Abade de Tagilde, comunicou que tinha sido destituído do cargo.

No dia 13 de Outubro, a passagem de testemunho para os republicanos, na pessoa de um jovem e respeitado advogado, o Dr. Eduardo de Almeida, foi pacífica e Guimarães, que não “desejou a República, aceitou-a com cortesia”, como prova o famoso “episódio dos chapéus” no mês seguinte: Na praça D. Afonso Henriques (actual Toural), os ilustres vimaranenses não tiraram as cartolas às entidades republicanas que aí desfilava, pois, mantinham o coração monárquico! Aliás, mais tarde, ocorreram fortes manifestações, quer aquando da nacionalização dos bens da Igreja, quer nos períodos eleitorais, demonstrando que a população estava dividida mesmo dentro da ideologia republicana, pois havia facções antagónicas. Os cidadãos eleitores da cidade seriam à volta de 4000.

Como factor de desenvolvimento, a República contribuiu para o reforço da importância da Escola criando edifícios escolares de raiz, pois, até então, as aulas funcionavam em “escolas móveis” ou em casas e salas arrendadas para esse efeito. Exemplos desta política de valorização do estudo e da educação da população são a passagem do Seminário para Liceu de Guimarães e a construção de raiz, em Urgezes, da escola primária mais antiga do concelho com edifício próprio - a actual Escola Básica do 1.º Ciclo Francisco dos Santos Guimarães.

No entanto, a falta de dinheiro proveniente dos impostos, praticamente assentes no mundo rural, afectou a concretização de certos objectivos sociais e provocou instabilidade partidária e governativa, também em Guimarães, principalmente no período da 1.ª Guerra Mundial, e agitações populares como foi a guerra por causa do pão. A burguesia republicana existente em Guimarães era industrial e estava isenta de impostos!...

Dado que o tempo se esgotou sem dar por isso, tornou-se impossível abordar mais assuntos. Os alunos presentes apreciaram muito a temática, o que levou o grupo responsável a agradecer, ao Eng.º Raúl Rocha, a palestra proferida e a lançar-lhe um novo convite para aprofundamento do tema possivelmente no próximo ano lectivo, na semana do Centenário.











A Proclamação da República













A Árvore do Centenário na BE-CRE












Apresentação do Palestrante Eng.º Raúl Rocha

VISITA DE ESTUDO DO 6.º ANO AO PORTO


No dia 3 de Março, 105 alunos do 6º ano visitaram o Museu do Carro Eléctrico, o Lar Juvenil dos Carvalhos e a Estação Litoral da Aguda a fim de se concretizarem os objectivos definidos pelos grupos de História e Geografia de Portugal, Educação Moral e Religiosa Católica e Ciências da Natureza.

Eis alguns registos de alunos das turmas A, B e C:

MUSEU DO CARRO ELÉCTRICO
Aqui a visita durou cerca de 45 minutos. Observámos carros eléctricos bem antigos e aprendemos como evoluíram os transportes públicos ao longo dos tempos, na cidade do Porto.
O funcionário conduzia o passageiro ao seu lugar e cobrava-lhe o bilhete. Este era cobrado pela altura e não pela idade. Quem tivesse um metro ou mais de altura pagava bilhete. Os outros não. Muitos encolhiam os joelhos, mas acabavam por ser desmascarados… Alguns viajavam dependurados… à borla, portanto!
Como a maior parte da população no final do século XIX era analfabeta, o destino dos transportes públicos, para além da tabuleta, era indicado pela cor. Cada cor, um destino da cidade do Porto.
O guarda-freio conduzia o eléctrico e tinha esse nome porque guardava consigo os travões. Quando empurrava o travão para a frente, aumentava a velocidade.
O carro eléctrico é unidireccional, pois anda só numa direcção.
Valeu a pena, porque tínhamos aprendido esta matéria há pouco tempo e deste modo pudemos observar os transportes antigos, alguns com 100 anos ou mais.
Correu lindamente, e divertimo-nos muito com a representação teatral de cenas ligadas a personagens que viajavam no passado. Vimos dois actores que nos deliciaram, fazendo-se passar por gente do povo, peixeira e analfabeto. Depois transformaram-se num casal burguês, que ia para a praia, no carro “Pipi”, todo aberto. Parecia que estávamos no passado, pois estavam vestidos à época!
Só faltou termos andado num carro eléctrico. Seria muito bom!

LAR JUVENIL DOS CARVALHOS
Vimos ao pormenor esta instituição onde vivem rapazes em belíssimas condições. Têm piscina, campo de futebol, ginásio, uma quinta com animais, estufa, salão de dança, professores… Concluímos que o seu dia-a-dia era como o nosso, só que não vivem com a sua família, mas com pessoas que também os amam. Têm psicólogos para poderem resolver qualquer problema.
Gostámos de saber como se organizam e passam o tempo. Aprendemos como é importante trabalhar em equipa.
Fomos muito bem recebidos em todos os sítios visitados. Deram-nos os parabéns pelo bom comportamento e pela concentração com que ouvimos as explicações.
Almoçámos no Parque da cidade do Porto onde convivemos com os nossos amigos e professores. Era um lugar grande, limpo e muito verde. Tivemos muita sorte com o dia, pois aí pudemos brincar um pouco.

ESTAÇÃO LITORAL DA AGUDA
Adorei ver a Praia da Aguda. Nesta Estação (ELA) vimos utensílios de pesca, barcos em miniatura, peças dos marinheiros e ouvimos explicações sobre diferentes formas de pesca.
Adorei ver o Aquário. Aqui há vários tipos de peixe que existem no oceano.
É muito bom fazermos visita de estudo, porque aprendemos muitas coisas de forma divertida!













Um grupo de alunos do 6.º Ano durante a visita