terça-feira, 29 de novembro de 2016


RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA

1 de Dezembro de 1640


       Em 1568, D. Sebastião, neto de D. João III, tornou-se rei ainda muito jovem. Desejoso de grandes feitos que lhe dessem glória, e contra a opinião dos conselheiros mais prudentes, organizou um exército e partiu para o Norte de África.

       Na Batalha de Alcácer Quibir, devido à inexperiência do rei e à má preparação do exército, os portugueses foram derrotados pelos Muçulmanos. Pensa-se que D. Sebastião terá morrido na batalha sem deixar descendentes.

       Por conseguinte, o trono foi ocupado pelo cardeal D. Henrique, seu tio-avô, já de idade avançada e clérigo, não podendo, por isso, deixar descendentes.

       Em 1580, aquando da sua morte, não tinha sido ainda escolhido para sucessor nenhum dos candidatos ao trono. Neste contexto, no ano seguinte, Filipe II de Espanha (I de Portugal) foi aclamado rei nas Cortes de Tomar. Perante estas, comprometeu-se a respeitar os interesses, usos e costumes do Reino.

       Durante o seu reinado, o governante espanhol não faltou aos seus compromissos. No entanto, o mesmo não aconteceu com os seus sucessores, que obrigaram os portugueses a combater nos exércitos espanhóis e a pagar pesados impostos para causas que não eram suas.

       Descontente com tanta opressão, o povo português organizou motins por todo o país. A 1 de Dezembro de 1640 proclama-se a Restauração da Independência, pondo-se fim a um período de sessenta anos de União Ibérica.

       Com D. João IV, o Restaurador, iniciava-se a IV dinastia: dinastia Bragantina.


Aclamação de D.João IVFilipe,
Que teve em ti Portugal?
Grande mal.
E de seres seu senhor?
Grande dor.
Que teve dos Castelhanos?
Grandes danos.

Que nos quer o teu conselheiro?
Dinheiro.
Tu, de nós que quereis mais?
Reais.
Como está o Reino estimado?
Roubado.
Como o deixaste cá tu?
Nu.

Mas já está convalescente
E pelo bem que se segue
Viva o seu libertador Quarto João rei português.
Porque de um Reino cativo fez
Um Reino contente, alegre e Senhor.


Panfleto anónimo, 1641

Departamento de DCSH

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

 IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA

 5 de outubro de 1910


     No final do século XIX assistiu-se a um descontentamento generalizado da população, desencadeado por um conjunto de acontecimentos, que conduziu ao enfraquecimento da Monarquia e à necessidade de uma mudança…

     A população portuguesa vivia com enormes dificuldades devido ao aumento dos impostos para fazer face aos empréstimos que o governo necessitava de pagar a países estrangeiros levando, assim, à diminuição dos investimentos internos. Por outro lado, existia uma grande desigualdade entre a alta burguesia e as classes médias e o operariado das cidades que mostravam o seu descontentamento em greves e manifestações.

     Para agravar a situação, Portugal atravessava uma crise política… O rei e a monarquia eram acusados de não se preocuparem com os reais problemas e interesses do Reino.

     O Ultimato inglês, a questão do “Mapa Cor-de-Rosa” e o assassinato do rei D. Carlos e do príncipe herdeiro D. Luís Filipe, em fevereiro de 1908, tornaram inevitável a queda das estruturas monárquicas.

     Assim, a 5 de outubro de 1910, uma revolução derrubou a Monarquia e implantou a República em Portugal… mudou-se um regime político, uma bandeira, um hino…

     Após o 5 de Outubro foi substituída a bandeira portuguesa que adquiriu um novo significado, e se mantem até hoje.

     As cores verde e vermelho significam, respetivamente, a esperança e o sangue derramado pelos nossos heróis. A esfera armilar simboliza a epopeia marítima dos descobrimentos. Os sete castelos representam os primeiros castelos conquistados por D. Afonso Henriques. As cinco quinas significam os cinco reis mouros vencidos por este rei na batalha de Ourique e, finalmente, os cinco pontos em cada uma das quinas, as cinco chagas de Cristo.

     O hino “A Portuguesa”, composto por Alfredo Keil tornou-se o hino nacional.

quinta-feira, 21 de julho de 2016


 

ESTAFETAS - DCSH


2015-2016   -   FINAL

      Nos dias 31 de maio e 1 de junho realizou-se a 3.ª fase da Estafeta do Departamento de Ciências Sociais e Humanas para o 3.º e 2.º ciclos, respetivamente.

     Estiveram presentes, no salão dos alunos, vinte e uma equipas para disputarem esta fase em representação de todas as turmas da EB23 Gil Vicente. Como em todas as sessões já realizadas, os alunos, que se mostraram bem dispostos e agradados por participar, puderam saborear, no final da prova, as "surpresas" com que foram presenteados.
O 2.º ciclo em ação

As equipas do 3.º ciclo num momento da prova

     A atividade Estafetas do DCSH, desenrolou-se ao longo do ano letivo, em três fases que coincidiram com o final de cada período e envolveu todas as turmas do 2.º e 3.º ciclos. Através da aplicação de questionários, foram postos à prova os conhecimentos dos discentes nas disciplinas de História e Geografia de Portugal (2.º ciclo), de História e de Geografia (3.º ciclo).

     As turmas do 5.º D, 6.º A, 7.º A, 8.º A e 9.º D foram as vencedoras da segunda edição das Estafetas do DCSH.

Resultados Finais
     O envolvimento, a responsabilidade, o sentido de entreajuda e o entusiasmo, foram denominadores comuns às três fases desta atividade. É ainda de realçar a salutar competição gerada entre todas as equipas participantes.

     Um grande bem haja a todos os alunos participantes que deram o seu melhor para representar condignamente a respetiva turma e parabéns aos meritórios vencedores.


quinta-feira, 21 de abril de 2016



Visita de Estudo

História e Geografia


      No dia 17 de março de 2016, os alunos do 8.º ano da escola EB 2,3 Gil Vicente realizaram uma visita de estudo à Nau Quinhentista, à Alfândega Régia, em Vila do Conde, e ao museu “World of Discoveries”. Esta visita terminou com um percurso pedonal, desde a zona Ribeirinha do Porto até à Torre dos Clérigos no Porto.

      Os objetivos desta visita foram:


      * Aprofundar conhecimentos adquiridos nas aulas;

      * Valorizar elementos do Património histórico português;
      * Reconstituir aspetos da vida da época dos descobrimentos portugueses;
      * Contactar com legado histórico da arte barroca e da arquitetura do ferro;
      * Desenvolver a capacidade de observação, análise e comunicação dos alunos;
      * Promover o trabalho de equipa e a sociabilidade entre alunos e docentes.

      Saímos da escola por volta das 08:45 h, acompanhados pelos professores. Primeiramente, dirigimo-nos de autocarro até à Nau Quinhentista, em Vila do Conde. Chegamos ao local por volta das 10:00 h, um pouco adiantados e portanto lanchamos em convívio.


Vila do Conde - Nau portuguesa do século XVI (Réplica)

     
 Terminado o lanche, visitamos uma réplica de uma Nau Portuguesa do século XVI, ou seja, uma das Naus Quinhentistas utilizadas pelos portugueses durante as primeiras viagens de descobrimentos.

      Esta nau suportava entre 130 a 150 tripulantes e era constituída pelo castelo de popa; pelo porão, onde se transportavam os produtos comercializados (porcelanas, sedas e especiarias…), este era o espaço mais sujo das embarcações; pelo leme, no qual está o timoneiro, que modifica o rumo da Nau; pelo chapitéu onde dormiam as pessoas mais importantes (capitão, escrivão e, neste caso, uma mulher); pelo convés na qual se encontrava a escotilha, onde ia sempre um pequeno barco para salvaguardar a vida das pessoas mais importantes a bordo caso o barco principal se afundasse e onde estava a proa, local onde se instalavam os grumetes, que, por sua vez, limpavam, ajudavam os marinheiros a cozinhar e que, no fundo, eram escravizados.


Vila do Conde - Porta de entrada do Museu

      De seguida, visitou-se a Alfandega Régia, um museu de construção naval. Neste local, ficamos a conhecer um pouco sobre a sua história, através de vários documentos em suporte digital e em papel, assim como sobre a navegação, que tinha como origem ou destino Vila do Conde e o tipo de Barcos e técnicas/processos de construção naval utilizados neste local.

      Por volta das 12:30 h, terminou-se a visita à Alfândega Régia e realizou-se o almoço, em convívio entre as turmas e os professores, no parque da Cidade do Porto.


      No fim do almoço, por volta das 14:00 h, dirigimo-nos até ao museu temático e interativo “ World of Discoveries”, onde complementamos o nosso conhecimento sobre a grande epopeia dos descobrimentos Portugueses.



      Neste sentido, em primeiro lugar, foi-nos apresentado um pequeno vídeo sobre o Infante D. Henrique, o impulsionador dos descobrimentos Portugueses.


      Seguidamente, encaminharam-nos para a sala “Intentos e Inventos”, onde pudemos ver a evolução das embarcações que permitiram aos Portugueses realizar as viagens dos descobrimentos (nomeadamente o Barinel, a Barca, a Nau, a Caravela de Armada e o Galeão), assim como os instrumentos de navegação que eram utilizados em alto mar (bússola, astrolábio, balestilha e quadrante).




      Posteriormente, dirigimo-nos para a sala “Mundos ao Mundo” acompanhados por um guia que nos forneceu informações sobre alguns artistas da época.


      Após o sucedido, visitamos a sala ”Coberta da Nau”, onde nos informaram melhor sobre como era a vida a bordo. Depois, seguimos até à sala “Estaleiro Naval”. Aqui pudemos observar alguns carpinteiros navais a preparar mais uma embarcação para navegar.


      Finalmente, subimos a uma pequena embarcação, onde fomos transportados por um canal que passa por diferentes locais presenciados pelos Portugueses, quer devido ao

comércio, quer devido à descoberta de novos territórios. Deste modo, partíamos do Porto em direção a várias regiões, como é o caso de Lisboa, Norte de África, Ceuta, (na sua conquista falhada pelo Infante D. Henrique), o Cabo das Tormentas (atual Cabo da Boa Esperança), África Negra, Florestas Tropicais, Índia, Timor e China, Macau, Japão e, por fim, o Brasil.


      Por volta das 15:30 h, realizou-se um percurso pedonal, em grupo, desde a zona Ribeirinha do Porto até à Torre dos Clérigos.


      O percurso iniciou-se na Rua Nova de Alfândega, seguindo-se para a Rua do Outeirinho, Muro dos Bacalhoeiros, Cais da Estiva, Cais da Ribeira, Cais dos Guindais, Alminhas da Ponte (local de crença e devoção em homenagem às centenas de populares que morreram em fuga das tropas francesas, no início do século XIX, quando tentavam atravessar a ponte e esta desabou), Ponte D. Luís, Muro das Cobertas da Ribeira, seguido da Praça da Ribeira, Rua de São João, Largo de São Domingos, Rua das Flores, Estação de São Bento, Praça Almeida Garrete, Praça da Liberdade, onde se situa a Câmara Municipal do Porto, Rua dos Clérigos, Rua das Carmelitas, Livraria Lello (uma das mais belas livrarias do mundo e onde a autora da série “Harry Potter” se inspirou), Rua Doutor Ferreira da Silva, e, finalmente, o jardim da torre dos Clérigos.




      Posto isto, demos por terminada a visita e regressamos à escola EB 2,3 Gil Vicente de autocarro, tendo lá chegado por volta das 18:30 h.



Realizado por:
Bárbara Fernandes, Beatriz Ferreira, Cátia Gonçalves, Florbela Pinto, Francisca Salgado;
Alunas do 8.º B.




quarta-feira, 16 de março de 2016

ESTAFETAS - DCSH

2015-2016    -   2.º PERÍODO


     Nos dias 8 e 9 de março realizou-se a 2.ª Estafeta do Departamento de Ciências Sociais e Humanas para o 3.º e 2.º ciclos, respetivamente.

     A atividade teve lugar no salão de alunos e contou com a presença de novas equipas representantes de todas as turmas que se mostraram desejosas e satisfeitas por participar.

     No final, todos os participantes puderam adoçar o momento saboreando as "guloseimas" com que foram surpreendidos.

RESULTADOS


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

ESTAFETAS - DCSH

2015-2016    -   1.º PERÍODO



     Realizou-se nos passados dias 9 e 15 de dezembro a 1.ª fase das Estafetas do DCSH. Esta atividade envolveu, pelo segundo ano consecutivo, todas as turmas do 2.º e 3.º ciclos e pôs à prova as aprendizagens realizadas no decurso do 1.º período nas disciplinas de História e Geografia de Portugal (2.º ciclo), e de História e de Geografia (3.º ciclo).


     A subdiretora do agrupamento, professora Elisabete Dias, deu as boas vindas a todos os participantes, regozijou-se com o entusiasmo e a responsabilidade de todos os elementos, bem como considerou ser importante a realização deste tipo de iniciativas para promover o gosto pelas aprendizagens/cultura escolares.

     Todas as turmas se fizeram representar por via de uma equipa de quatro elementos. Desenvolveram-se hábitos de trabalho em equipa, promoveu-se a entreajuda, a solidariedade e criou-se uma saudável e dinâmica competição interturmas. O empenho, a concentração, o comprometimento, bem como o entusiasmo e o ânimo, estiveram sempre presentes na resposta aos questionários desta 1.ª fase das Estafetas.


     Nesta segunda edição das Estafetas, a composição das equipas de cada turma alterar-se-á de fase para fase, o que cria condições para que um número mais alargado de alunos possa participar nesta atividade. A 2.ª e a 3.ª fases, realizar-se-ão no final dos 2.º e 3.º períodos, respetivamente. Após as três estafetas, será apurada a melhor turma de cada ano de escolaridade, sendo atribuído um prémio a cada turma vencedora.