quinta-feira, 14 de maio de 2015

Visita de Estudo de História - 7.º Ano

2014-2015


     No passado dia 14 de abril, os alunos do 7.º Ano da escola EB 2,3 Gil Vicente realizaram uma visita de estudo ao Mosteiro de Tibães, em Braga e à Colina Sagrada, em Guimarães, com os seguintes objetivos:
     • Aprofundar conhecimentos adquiridos nas aulas;
     • Valorizar elementos do Património histórico português;
     • Identificar aspetos da vida quotidiana dos mosteiros;
     • Conhecer a cerca do Mosteiro e a sua importância;
     • Conhecer elementos históricos e arquitetónicos relacionados com os monumentos da “Colina Sagrada”: Castelo de Guimarães, Capela de S. Miguel e Paço dos Duques;
     • Desenvolver a capacidade de observação, análise e comunicação dos alunos;
     • Promover o trabalho de equipa e a sociabilidade entre alunos e docentes.

     Saímos da escola por volta das 08:45 horas, acompanhados pelos professores, dirigimo-nos de autocarro até ao Mosteiro de Tibães, em Braga. Chegamos ao local por volta das 09:30 horas, um pouco adiantados e portanto lanchamos em convívio.
     Terminado o lanche, iniciamos a visita pela cavalariça do Mosteiro de Tibães, era lá que se encontravam as manjedouras. De seguida, visitamos a sala do recibo, local onde eram pagas as rendas, em géneros, por vezes agrícolas, por vezes animais e podiam até mesmo pagar em trabalho.
     Após algum tempo, tivemos a honra de conhecer o claustro.
     O claustro era destinado à meditação, leitura, oração e onde eram sepultados os monges. Eram comuns sepulturas medievais com inscrições, onde estavam escritas algumas informações acerca do sepultado. Este claustro apresenta painéis de azulejos que representam a vida de S. Bento, desde o nascimento até à morte.
     Seguidamente, visitamos a igreja, em estilo barroco, construída no século XVII. Este espaço apresenta talha dourada e imitação do mármore. A sua planta é em forma de cruz, que representa a cruz onde Cristo foi crucificado.
     Avançamos para o refeitório onde houvera um incêndio. Ardeu tudo e com o tempo chegou mesmo à ruina. É possível observar, ao lado do refeitório, o colégio, quartos de hospedaria e o hospício, que se tratava do refeitório dos hóspedes. Atualmente, são realizados teatros, danças e cinema ao ar livre, neste local.
      Em seguida, fomos até à sala de capítulo, onde, de 3 em 3 anos, elegiam-se novos abades.
     Desfrutamos também da visita ao lago, cuja planta é oval. Era neste local que o Clero Regular refletia, geralmente, sentados nos bancos. Neste lago situava-se a Fonte das Aveleiras. As cascatas representavam a Figura de Neptuno.
     Por volta das 12:30 horas, terminamos a visita ao Mosteiro de Tibães e fomos almoçar ao parque de S. João, também situado em Braga.
     No fim do almoço, às 14:30 horas, dirigimo-nos para Guimarães de autocarro, onde visitamos a Colina Sagrada (Castelo de Guimarães, Capela de S. Miguel e Paço dos Duques).
     A nossa visita foi iniciada pelo Paço dos Duques. Quando este foi aberto para museu, tinha os seguintes objetivos:
     - Elucidar as pessoas acerca dos descobrimentos;
     - Mostrar como se vivia num palácio há 600 anos.

     Este palácio foi reconstruído, no século XX, tendo sido construído há 600 anos por D. Afonso, uma pessoa muito rica, que chegou a ser cavaleiro e embaixador de Portugal. D. Afonso mandou construir este espaço para a sua esposa, D. Constança, que, na altura, tinha 16 anos e era de Espanha. Este tratava-se do 2º casamento de D. Afonso. Deste casamento não houve filhos, logo não havia ninguém para tomar conta do palácio.
     O Paço dos Duques contem 39 chaminés e 39 lareiras, geralmente, um palácio só possui 3 lareiras. Apresenta janelas grandes para que o espaço fosse iluminado e quente e um sistema de reutilização de água.
Iniciamos a visita numa sala, onde apreciamos umas belíssimas tapeçarias, úteis para contar histórias, mantendo as salas mais quentes. As paredes estavam repletas de tapeçarias.
     Acredita-se que as tapeçarias cobriam algumas portas para não se ouvirem as conversas, tendo surgido assim a expressão “As paredes têm ouvidos”.
     Seguidamente, fomos conhecer um dos quartos deste palácio. As camas deste palácio são mais altas e pequenas do que as que atualmente as pessoas possuem na sua habitação. Há 600 anos só as pessoas mais importantes tinham cama e para se exibirem recebiam as suas visitas no quarto. Mesmo sendo casadas, antigamente, as pessoas dormiam em camas diferentes. Dormiam sentadas, porque diziam que deitados era mais fácil a alma sair do corpo e também porque ceavam às horas do atual jantar, logo, assim, faziam a digestão mais facilmente. Neste quarto avistamos um retrato de Catarina de Bragança, filha de D. João IV, princesa de Portugal e rainha de Inglaterra. Foi esta senhora que levou os pratos de porcelana para Inglaterra, juntamente com os talheres. Foi também ela que levou os Ingleses a gostarem tanto de chá!
     Noutra divisão pudemos observar outra tapeçaria, que representava a forma como os Portugueses conquistavam as cidades. Estes cercavam-nas, podendo esta cerca demorar meses ou até anos seguidos. Para estas batalhas usavam escudos, canhões, etc.
     Foi-nos apresentada uma das melhores coleções de armas de Portugal. As espadas denominavam-se de montantes, pois eram tão pesadas que quase tinham de ser “montadas”. Algumas chegavam a pesar até 5 kg. A maior parte das cotas das malhas deixaram de ser utilizadas para combater, sendo reutilizadas para a limpeza do chão. Um aspeto interessante sobre as armaduras é que completas podiam chegar a pesar entre 30 a 40 kg. Os punhais eram usados para tudo e mais alguma coisa (para cortar a barba, para a guerra, para a caça…).
     Posteriormente, dirigimo-nos para uma sala apenas para banquetes. Na altura, as pessoas comiam com as mãos e com os punhais. Nesse tempo, já havia algumas colheres, no entanto, eram mais utilizadas pelos pobres, porque a sua comida era à base de papas.
     Finalmente, fomos conhecer a capela do Paço. Há 600 anos não era normal ter-se uma capela dentro de casa, este facto só realça ainda mais a riqueza de D. Afonso.
     Ainda na Colina Sagrada, visitamos a Igreja de S. Miguel. Esta Igreja apresenta-se em estilo românico, com pouca luz e arcos de volta perfeita. Aqui encontra-se a pia batismal onde D. Afonso Henriques terá sido batizado. Muito antes de haver cemitérios, as pessoas mais ricas eram enterradas no interior da Igreja e os mais pobres no seu exterior.
     A nossa visita ficou concluída com a visita ao Castelo de Guimarães. Por motivo de obras não pudemos visitar todo o espaço. O guia que orientou a nossa visita, aproveitou para nos falar do nosso 1.º rei, D. Afonso Henriques. Realçou que ele foi extremamente inteligente pois quis e conseguiu inventar um país.
     Posto isto, demos por terminada a visita e regressamos à escola EB 2,3 Gil Vicente de autocarro por volta das 17:30 horas. Todos os objetivos da visita foram alcançados, por isso, ficamos todos bem dispostos e enriquecidos.










Ana Moura, n.º 2 - 7.º B 
Bárbara Martins, n.º 5 - 7.º B 
Beatriz Ferreira, n.º 7 - 7.º B 
Cátia Gonçalves, n.º 9 - 7.º B 

Visita de Estudo ao Porto - 8.º Ano
2014-2015


       No dia 3 de março realizou-se a visita de estudo do 8º ano ao Porto. Por volta das 8h:30m saímos da escola e chegamos à avenida dos Aliados, no Porto, às 9h45m. Iniciamos o nosso percurso pedestre pelas áreas histórica e de negócios, onde observamos os edifícios que serviam de apoio às diversas atividades económicas existentes na cidade desde os tempos da sua formação, a arquitetura renascentista e barroca de alguns edifícios, as transformações ocorridas em espaços como antigos armazéns e lojas para novas áreas de diversão como bares noturnos ou galerias de arte. Verificamos também que se trata de uma cidade dinâmica, tanto a nível comercial como de serviços e turismo, dinamismo esse associado ao rio Douro, às suas pontes e às vias de comunicação ferroviária e metropolitana.
      
Paramos na estação de S. Bento, situada na praça Almeida Garrett e onde antigamente existia o Mosteiro das monjas beneditinas. Esta estação foi inaugurada em 1916 e é um projeto do arquiteto Marques da Silva. Na estação observamos os painéis de azulejos da autoria de Jorge Colaço com representações de importantes momentos da história de Portugal, como a Batalha de Arcos de Valdevez, Egas Moniz diante de D. Afonso VII de Castela, entrada de D. João I no Porto, para celebrar o seu casamento com D. Filipa de Lencastre e a conquista de Ceuta pelo Infante D. Henrique. Ficamos a saber que existem mais de 20 mil azulejos no interior da estação que ocupam uma área superior a 550 metros quadrados. Também ficamos a conhecer a importância desta estação como ponto de entrada e de saída de milhares de pessoas que, diariamente, entram na cidade para trabalhar, estudar, fazer compras e passear.

      
Prosseguimos o nosso percurso pedestre, passando pelos clérigos, monumento de arquitetura barroca considerado por muitos o ex libris da cidade; esta torre sineira faz parte da igreja com o mesmo nome, construída entre 1754 e 1763, a partir de um projecto de Nicolau Nasoni.

      
Dos Clérigos fomos até um dos principais e mais antigos monumentos de Portugal, a Sé Catedral da cidade do Porto, situada no coração do centro histórico da cidade; o início da sua construção data da primeira metade do século XII, e prolongou-se até ao princípio do
século XIII. Este edifício, em estilo românico, sofreu muitas alterações ao longo dos séculos; o exterior da Sé foi muito modificado na época barroca.
      
Da Sé fomos até à ponte D. Luís, projetada sobre o rio Douro por um discípulo e colaborador de Eiffel, o engenheiro Teófilo Seyrig, em finais do século XIX. É um exemplo representativo da arquitetura e técnicas do ferro. A ponte D. Luís, que liga o Porto a Vila Nova de Gaia, é composta por dois tabuleiros metálicos sustentados por um grande arco de ferro e cinco pilares, permitindo a circulação rodoviária, ferroviária e pedonal.

      
Da ponte D. Luís fomos até Miragaia onde visitamos o museu interativo/parque temático World of Discoveries, com a reconstrução da fantástica odisseia dos navegadores portugueses, cruzando oceanos à descoberta de um mundo desconhecido. Na visita ao museu interativo e Parque Temático, que teve a duração de cerca de 1 hora, tivemos à nossa disposição uma equipa de guias, vestidos com trajes do século XVI, que nos orientou e apoiou em cada uma das salas do museu e no parque temático onde viajamos de barco, passando por cortinas de névoa que abrem passagem para mundos fantásticos como o Cabo das Tormentas e por espaços que pretendiam recriar as terras descobertas pelos portugueses.

      
Por volta das 13h30, como começou a chover, fomos almoçar ao Norte Shopping, em vez do parque da cidade com estava programado. O almoço possibilitou o convívio entre turmas e entre professores e alunos.

      
Ás 15 horas visitamos a Porto Cálem, situada na cidade de Gaia e fundada em 1859, por António Alves Calem. Estas caves mantiveram-se na mesma família durante gerações. Na visita guiada à Porto Cálem tivemos oportunidade de conhecer o museu da caves, onde foi feita, pela guia, uma breve caracterização das caves e dos vinhos do Porto nelas armazenados. Foram focados aspectos históricos e geográficos importantes como o clima favorável à existência da vinha na região do Douro; os principais países importadores do vinho do Porto, as categorias de vinho do Porto existentes, a importância económica da comercialização do vinho do Porto para o país. Observamos também o processo de armazenamento e envelhecimento do vinho do Porto nos balseiros de carvalho e nas pipas.

      
Antes de regressarmos à escola, aproveitamos para lanchar e observar a linda paisagem da foz do rio Douro e dos barcos rabelos, nos seus trajectos turísticos.

      
Por volta das 17h30 minutos chegamos à escola cheios de alegria, depois de um dia muito bem passado.

Ana Beatriz Frade, n.º 1, 8.º A